domingo, 28 de novembro de 2010

CORAÇÃO QUE SANGRA

Eu pensei que ser feliz seria tão simples.
Simplesmente encontrar o amor em alguma parte da estrada e agarrá-lo.
Segurar firme em suas asas e voar seguramente.
Eu pensei que manter um amor, sustentá-lo vivo seria a coisa mais fácil deste mundo,
que bastasse estar sempre ali, regando-o com palavras dóceis, e carinhos
Estaria então mantendo vivo dentro de mim.
Eu pensei que o amor, quando entrasse no meu peito, estaria em segurança e que ele me protegeria.
Ficaria ali para sempre e que nada neste mundo poderia importuná-lo nem machucá-lo, pois estaria bem guardado e protegido estando ele cravado em mim.
Esqueci que o amor não sobrevive com um coração apenas.
. Eu não pensei que fosse tão exigente a ponto de querer dois.
Eu pensei que um coração apenas seria suficiente para sobrevivência.
Esqueci que eu precisava do meu para viver, entregando o meu único ao amor.
Não pensei que seria tão cruel e não cuidasse do meu coração que era meu único.
A ponto de sufocá-lo até que a morte me rodeasse.
Jogou-me no chão e esbofeteou-me e fez-me afogar em lágrimas.
E vi quando lançou mão de uma espada e fez gotejar no pó a minha dor.
Fazendo em pedaços o que me era de mais precioso.
Ficou a terra marcada com meus lamentos.
E ouviam-se ao longe os meus soluços, e não houve quem pudesse interferir.

Ah! Se eu soubesse,
Se eu pudesse voltar no tempo.
Trancaria meu tesouro a sete chaves.
Não daria a ninguém, não o entregaria a qualquer um.
Mas como saberia? Se o amor me enganou!
Ah! Se eu pudesse!
Voltaria atrás para não mais errar.
Se eu soubesse o quanto ele me faria chorar e quanta lágrima me faria derramar,
Não deixaria que meu coração fosse tomado nem levado ao martírio.
Eu pensei que ser feliz era ter alguém para EU AMAR.
Não pensei que ser feliz
Teria que ter alguém
PARA ME AMAR.

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