segunda-feira, 29 de novembro de 2010

SAUDADE

Saudade do tempo de criança.
 Da pureza da infância.
Saudade.
Palavra boa que ninguém sente a toa.
Saudade do que se foi, que não pode mais voltar
Daquilo que um dia eu tive. Que não mais vou alcançar.
Saudade da minha terra. Do lugar onde vivi,
Que a distancia não importa, Não é tão longe assim.
Dos lugares que passei,
Das risadas que eu dei,
Brincadeiras que brinquei.
Dos amigos que eu tinha,
No tempo de criança
Alguns, já se foram
Ficando só a lembrança.
Sinto até hoje,
O cheiro da minha terra, onde o vento assoprava.
Fazendo ondas por onde passava.
Onde o riacho cantarolava
E os passarinhos saltitavam.
Onde as flores nascem no campo
E seu perfume de longe se sente,
O lugar onde todos
Nascem e crescem, livremente.
Não pensava em nada,
Corria de bois na estrada,
Pegava flores no caminho
Pisava em espinhos
Da relva por onde passava.
Saudades do tempo que vivi,
Correndo nos campos com liberdade,
Pegando sementinhas
Para brincar de casinha
E com  elas fazer comidinha.
Quando paro pra pensar
Nos momentos que eu tive,
Vejo então que sou feliz,
De criança eu fui livre. Fiz de tudo que eu quis.

Tive paz, tive amor.
Saúde para brincar,
Caminhei com minhas pernas,
E voz para gritar.
Corri para cima
Corri para baixo
Brincava sem parar.
Todas as árvores eu subi
Muitas vezes
Caí.
Ralei, chorei,
E hoje tenho comigo,
Saudades.
Da infância que vivi.



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