sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

A E I O U

Sinto às vezes desejo de sair,
Vagar, andar, sem em nada pensar.
Deixar soltos meus pensamentos,
Para que busquem no infinito
Um descanso para minha mente,
Desligando por um momento.
Sinto ferver as palavras que vão surgindo
Como a água em sua nascente.
Que brota na terra como um fio.
Se transformando em riacho,
Cachoeira e rio.
Num mar de recordação
Que deixam marcas.
E as águas que brotam,
Fervilhando na areia
Levando-a para o alto
Deixando cair em seguida
Carregando-a consigo em sua vida.
Brotando em mim desejos,
Um dia esquecidos.
De quando criança sonhava
Em ser poetiza.
Tomando nas mãos papel e caneta
Tentando juntar, pequenas letras.
De tão pequenina nada sabia,
O b, A BA
Ainda escrevia.
Depois de um tempo
Queria ser dentista,
Professora, cantora,
Motorista.
Sonhei com a vida em sua beleza
De que adiantou tanta proeza.
Com cinco anos fui para escola
Cadernos borracha, lápis
Dentro de uma sacola.
Sacola de saco feita à mão,
Com todo carinho do coração.
Menina sapeca, feliz vivia
Brilho nos olhos,
Sempre sorria,
Tudo fazia com alegria.

Menina criança,
Saía pulando,
Correndo brincando,
Sorrindo e cantando.
Versinhos e rimas
Tentava fazer
Com cinco letrinhas
Que sabia escrever.

A E I O U.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...