terça-feira, 2 de novembro de 2010

Encontrar-te

O que eu posso fazer diante de você?
O que eu posso fazer distante de você?
Quando encontro o sentido do corpóreo na aproximação empírica de meu corpo,

perco-me na imaginação de poder deslumbrar as múltiplas possibilidades de externar

os desejos mais obscuros de um ser apaixonado.
Quando encontro o sabor de teu olhar no reflexo de meu olhar, perco-me na ilusão

de poder pensar as realidades de um olhar na proporção imaginaria de meu ser.
Quando penso na possibilidade de não vê-la em meu olhar, faz-me sentido imaginar

as aparências de uma sombra personificada em teu olhar, diante de minha vontade de

querer vê-la.
Quando penso na possibilidade de vê-la, somente em meus pensamentos, fico feliz

por saber que a vida de duas almas foram construídas na realidade de uma simples

lembrança.
O que você deseja?
Não consigo desejar nada, pois é uma vontade criada e recriada por uma mente que

tenta fazer de suas fantasias irreais uma possibilidade no desejo imaginado.
Desejo somente o nada, pois no encontro com o nada, posso encontrar todas as

possibilidades de um encontro na imagem de meus desejos.
O que desejo é o nada na busca do próprio desejo!
Quem é você?
Simplesmente um nada na busca de um todo, que sempre se perde quando tenta

transformar este nada em algo para chamar de um todo.
Por isso, você é o meu olhar, sempre na possibilidade de encontrar-te no nada de meu todo.

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