segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Meu irmão...

O que deu de errado, meu irmão?
Se eu só consigo viver assim, a beira de abismos inventados
Criados para causar isso: angústia.

Sem vontade, não se consegue nada, não se produz nada.
E sem apego? Não dá certo, meu irmão, não dá!
Acredite, tenho a melhor das intenções...
É bom viver de ilusões...quando finjo, e na hora, eu sorrio.

O que deu de errado, meu irmão?
Não sei problematizar pesquisas,
mas sei problematizar a minha vida. Tava calmaria, e eu gosto.
O negócio é que sem impulso não dá.

E o meu impulso é o impossível, o improvável.
O susto, o impensado.

Tenho medo sim, meu irmão,
de descarregar minha vida em qualquer vagão, sabe?
De nadar em qualquer mar, de cantar qualquer música
de sorrir qualquer piada.

Agradeço a mim por conseguir imaginar tantas coisas
tantas façanhas, tantas possibilidades, tantas formas de vida.
Porque antes de dormir, eu lembro dos meus pensamentos,
eu ensaio frases, gestos...
e durmo sorrindo.

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