quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Lágrimas

Nas profundezas  dos abismos infernais eu estive,
E no lodo meus pés, estiveram atolados.
As dores e os prantos me atormentaram,
A angústia e a tormenta me assolaram.
O sol em mim já não resplandecia,
O frio e a escuridão me envolviam.
Sozinha na terra, na terra dos mortais,
Sem companhia.
Sem esperança meu coração gemia.
A lágrima no rosto sempre escorria
Pedi então a Deus,
Que me fizesse feliz,
Levar-me de volta ao meu país.
Cidade nova, cidade santa
Jerusalém celestial de vida eternal.
Aqui na terra a dor era tanta
Em meu gemido não via esperança.
A morte e as trevas me rodearam
E bem de perto de mim zombaram.
A humilhação e a dor, a dor da morte,
A morte e o amargor.
Do fel provei
Da morte provei a dor.
A lágrima dos olhos descia,
Mas na boca, sabor do mel parecia.
A doçura do favo me sustentou,
Como maná Deus enviou.
Sobre mim sua luz raiou,
E sua mão me alcançou.
Laços.
Laços de fogo foram lançados,
E todos eles foram cortados.
O poder e a glória foram enviados,
E os mistérios decifrados.
Encontrei então o pássaro
Pássaro par, pássaro meu.
Que comigo voava
Voava no céu em volta do altar.
Cantava comigo.
Saudades de ti meu pombo rei,
Ainda um dia te encontrarei.


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